Tecnologia no agro reduz trabalho no campo e impulsiona empregos na indústria e no setor de serviços

  • 26/07/2025
(Foto: Reprodução)
Avanço da tecnologia acelera mudança no perfil do emprego no agronegócio O avanço da tecnologia tem acelerado uma mudança no perfil do emprego no agronegócio. Uma fazenda de 7500 hectares nunca deu tantas sacas de soja, milho e feijão — no local, a agricultura é toda automatizada. "Hoje os tratores, pulverizadores, adubadeiras, trabalham tudo com GPS, conectadas nas centrais das fábricas. Facilita e agiliza o trabalho", explica o produtor rural José Rodrigues. Agricultor tem mais o que fazer. "Eu sou operador de máquinas e eu participo do plantio e preparo de solo", conta Flávio Querino. É raro o dia em que ele suja a mão de terra. "Por ter muita tecnologia, a gente trabalha mais confortável, até mais limpo e acho que ajuda mais a gente no operacional. A gente consegue resolver muita coisa sem entrar lá debaixo, bater chave, bater marreta. A gente consegue regular tudo pelo monitor dentro da cabine", diz. Uma máquina pode fazer o serviço de dezenas de agricultores. Então, surge o paradoxo: nos campos do agronegócio, onde brota tanta riqueza, só não cresce o nível de emprego. Na opinião do pesquisador e economista Felippe Serigati, da Faculdade Getúlio Vargas (FGV Agro), isso não é má notícia: "Por que que tem demandado menos mão de obra? Porque tem incorporado mais tecnologia, uma tecnologia poupadora de mão de obra, só que aumenta a produtividade, aumenta a produção, aumenta a renda. E essa renda aquece a economia em que o universo agro está mais localizado. Ao aquecer essa economia, por exemplo, setor de serviços tem ali seus produtos com uma demanda mais aquecida e o setor serviços acaba contratando mais mão de obra." O número de profissionais empregados na agropecuária é o menor da série histórica do IBGE. Nas fábricas que processam alimentos e outros produtos agrícolas, ao contrário: a quantidade de pessoas trabalhando no primeiro trimestre do ano é a maior para o período. O que pode parecer um paradoxo, para os economistas é um sinal do avanço do agronegócio brasileiro, que cada vez menos depende do trabalho braçal nas lavouras, mas não deixa de abrir oportunidades, inclusive em novas profissões. "Poder estar em contato com aquilo que eu estudei e me dediquei durante cinco anos pra conseguir me formar e conseguir aplicar, é assim, um retorno incrível", diz Gabriela Zeviani, analista de produção. Sobram vagas e faltam profissionais. "O mercado disputa fortemente grandes talentos. O nosso papel é deixar a empresa cada vez mais atrativa, paraa que todos os profissionais sintam orgulho e queiram trabalhar aqui conosco", relata Denilson Moraes, diretor-executivo da Ofner. O emprego do agronegócio só mudou de lugar, explica Serigati: "O universo agro está favorecendo o emprego onde ele é mais produtivo. Uma determinada mão de obra não é produtiva, sei lá, colhendo algodão, isso quem tem que fazer é uma máquina. Então essa mão de obra ela tem que ser alocada num setor em que ela vai ser mais produtiva." "Eu sinto que o mercado busca por profissionais qualificados. Como eu sou uma engenheira de alimentos, eu tenho algumas especializações também na área de confeitaria e isso me ajudou a conseguir essa vaga. Eu estou amando", conta Thaisa Tanno, gerente de pesquisa e desenvolvimento. Tecnologia no agro reduz trabalho no campo e impulsiona empregos na indústria e no setor de serviços Jornal Nacional

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/07/26/tecnologia-no-agro-reduz-trabalho-no-campo-e-impulsiona-empregos-na-industria-e-no-setor-de-servicos.ghtml


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