'O etarismo é o único ismo que afeta todos, deveria ser uma luta coletiva', diz militante de 32 anos

  • 04/05/2025
(Foto: Reprodução)
Jacynth Basset é a criadora da plataforma “Ageism is never in style” (“Preconceito de idade nunca está na moda”), inspirada nas dificuldades que sua mãe enfrentou O combate ao etarismo não deve ser exclusivo dos mais velhos. Um bom exemplo de engajamento jovem na causa parte de Jacynth Basset, de 32 anos, criadora da plataforma “Ageism is never in style”, expressão que pode ser traduzida como “Preconceito de idade nunca está na moda”. A ideia surgiu há dez anos, quando estava na faculdade e testemunhou as dificuldades profissionais que sua mãe enfrentou numa sociedade que encara o envelhecimento como um defeito – e acabou virando uma referência em termos de campanhas de conscientização. Mulheres acima dos 50 em editorial de moda: fim da invisibilidade Centre for Ageing Better Basset costuma dizer que as mudanças demoram, mas, quando ocorrem, ganham um ritmo vertiginoso. “Antes eu me frustrava porque pensava, ingenuamente, que era óbvio como o envelhecimento da população mudaria a sociedade, começando pelo poder de compra dos 50 mais ser superior ao das outras faixas etárias. Só que ninguém se interessava pelo assunto, o que foi mudando nos últimos anos. Empresas, governos e o público em geral se tornaram sensíveis ao tema por causa de uma série de fatores, mas destaco dois: celebridades e influenciadores passaram a militar pela causa porque se recusavam a ficar ‘invisíveis’ só porque estavam velhos; e a Covid-19 mostrou como os idosos não vêm recebendo a atenção que deveriam”, afirma. Embora sua plataforma tenha, inicialmente, se voltado para o mundo da moda, foi se ampliando – e deixando marcas em campanhas de conscientização e mobilização. #ILookMyAge, o equivalente a “Eu pareço ter a minha idade”, agitou as redes sociais durante três meses e foi premiada em 2024. Em parceria com o Centre for Ageing Better, criou um banco de imagens com editoriais de moda nos quais as modelos não são profissionais, e sim mulheres “reais” acima dos 50. A foto que ilustra a coluna pertence a esse acervo, que pode ser baixado gratuitamente em Age Positive Image Library. Sobre a representação feminina na mídia, seguem alguns números: 88% dizem que as mulheres 50 mais são sub-representadas em anúncios, filmes e programas de TV. 66% delas não se sentem retratadas na mídia a partir dos 45 anos. 55% das mulheres acima dos 18 anos afirmam que a forma como são apresentadas as levam a se sentir mal a respeito do envelhecimento. Os estereótipos apontados como mais negativos são mostrar mulheres mais velhas com roupas fora de moda, cabelos brancos e solitárias. “Temos que celebrar a beleza, a individualidade e a diversidade do envelhecimento. Apesar das conquistas alcançadas, a batalha está longe do fim. Ainda nos deparamos com expressões como ‘você é jovem por dentro’ ou coisas do tipo. O etarismo é o único ismo que afeta negativamente todos, independentemente de gênero ou classe social, e deveria ser uma luta coletiva”, defende. Jacynth Basset, criadora da plataforma "Ageism is never in style" Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/bemestar/blog/longevidade-modo-de-usar/post/2025/05/04/o-etarismo-e-o-unico-ismo-que-afeta-todos-deveria-ser-uma-luta-coletiva-diz-militante-de-32-anos.ghtml


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