Corpo de entregador morto em Mesquita é enterrado: 'Acordava 6h da manhã pra correr atrás do melhor pra família', diz esposa
17/07/2025
(Foto: Reprodução) Corpo de entregador morto em Mesquita é enterrado
O corpo do entregador de farmácia Derick Igidio Simas, de 25 anos, foi enterrado no Cemitério de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na tarde desta quinta-feira (17). O jovem foi assassinado a tiros na tarde desta quarta-feira (16), em Mesquita, e a família acredita que bandidos atiraram nele por conta do uso do capacete, que seria proibido pelos criminosos na comunidade onde ele realizava uma entrega.
Segundo testemunhas, Derick fazia entregas no bairro Santa Terezinha quando foi abordado por homens armados. Eles pararam ao lado dele e atiraram. O jovem foi atingido na cabeça e morreu no local.
"Hoje estou to velando o meu esposo, hoje eu vou estar sem ele dentro da minha casa. Era um menino que respeitava, era gentil, generoso, um ótimo padrasto, ótimo marido, filho, trabalhador. Acordava seis da manhã para correr atrás, pra dar o melhor pra sua família. É isso que o Derick era, essa lembrança que quero levar dele", desabafa a esposa.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que populares tentam prestar os primeiros socorros. No entanto, ele não resistiu aos ferimentos.
Derick Igidio Simas,
Reprodução/TV Globo
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
“Fiquei sabendo agora que, naquela área, quem faz entrega ou corrida de mototáxi não pode mais andar de capacete. Disseram que a região está em guerra. Não sei se foi por causa do cabelo dele, que era vermelho, ou se foi porque ele estava de capacete. Agora, parece que nem pintar o cabelo pode mais”, disse Márcio Simas, pai do entregador.
O primo da vítima, Wagner Luís Silva, contou que Derick estava lutando para realizar seus sonhos e que, recentemente, havia comprado uma motocicleta.
Os pais de Derick Igidio Simas no IML de Nova Iguaçu
Reprodução/TV Globo
“Ele estava construindo a casa dele. Tinha comprado uma moto há um mês para trabalhar com entregas. Levou um tiro na cabeça, sem explicação. Chegaram, atiraram e foram embora. A gente só queria entender por quê. Queremos justiça”, afirmou.
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